sexta-feira, 3 de junho de 2011

Ensine o pet a ser seu melhor amigo

Pequenas atitudes fazem toda a diferença para quem deseja ter bichinhos educados, regrados e amorosos

Antes vistos como amigos dos homens, os animais de estimação conquistaram, em muitos lares, status de membros da família. Se por um lado essa mudança trouxe mais mimos e conforto para a vida de cães e gatos, também evidenciou problemas de comportamento e dificuldades de adaptação à vida doméstica.

A menos que a pessoa não se importe que os pets façam suas necessidades em qualquer lugar, brinquem com suas roupas e sapatos e saiam roendo todos os objetos que encontram pela frente, a saída é educá-los. Não por acaso, o adestramento deixou de ser uma exclusividade de cachorros bravos e hoje ajuda donos de animais de todas as raças. Até mesmo os vira-latas.

Segundo a veterinária e consultora comportamental da Cão Cidadão Alida Gerger, os bichinhos podem ser ensinados a partir de 50 dias de vida. Antes de deixar o canil, eles devem permanecer com a mãe e os irmãos para não comprometer a estrutura psicológica.

Resolveu levar um cachorrinho para casa? A primeira preocupação é ensiná-lo onde fazer xixi. A dica é adaptar um “banheirinho” não muito longe do local onde ele fica e procurar acompanhá-lo nos horários em que costuma fazer suas necessidades – em geral, isso é mais frequente ao acordar ou depois de comer e brincar bastante.

A recompensa é a melhor forma de moldar o comportamento dos animais de estimação. Dar bronca quando o cachorrinho faz algo errado ou esfregar o focinho no chão quando ele faz as necessidades fora do lugar pode traumatizá-lo e até ter um efeito contrário, já que o dono estará chamando a atenção para o que ele fez.

Por isso, quando ele acertar o lugar, deve-se comemorar e dar um petisco. Em dois ou três dias, o cãozinho já aprende. “Ele tende a repetir o que é bom. Ainda vai escapar e fazer no lugar errado às vezes, mas o ideal é não chamar atenção e reforçar as festinhas e recompensas quando acertar”, explica Alida Gerger.

O reforço positivo também vale para os gatos, mesmo eles sendo mais independentes. No caso dos felinos, a consultora recomenda ter sempre um banheirinho (uma espécie de casinha com areia) extra, ou seja, se for um gato, dois banheirinhos, dois gatos, três banheirinhos, e assim por diante. “É legal fazer festinha para os gatos também, embora eles pareçam já vir com a 'função fazer xixi na areia'”.

Se você tem um cachorro e já viu sua casa praticamente destruída mais de uma vez após abrir a porta, saiba que dá para evitar isso. Quando for deixar o bichinho sozinho, monte um verdadeiro playground no local, de preferência, em um espaço neutro (corredores e antessalas, por exemplo). Entre as atrações, deixe uma garrafa pet com snacks dentro. O animal vai tentar pegar a guloseima, ocupando-se. Mesmo quando ficar em casa, tenha brinquedos espalhados.

Os gatos também gostam de brinquedos e – ao contrário dos cachorros, que precisam de interação para manter a atenção – conseguem se entreter sozinhos por mais tempo, batendo as patinhas numa bola ou tentando tirar petiscos de algum lugar. Como eles gostam de altura, algumas pessoas colocam móbiles em casa para que os bichos possam subir para se divertir e também afiar as unhas. Apesar da natureza mais solitária, não dispensam a companhia do dono e se apegam também.

Embora mais independentes, gatos se apegam aos donos

Se você não gosta de animais no sofá, deve criar um desconforto quando eles tentarem subir. Vale jogar algo que faça um barulho no chão (uma lata cheia de moedas, por exemplo), apenas para dar um sustinho e criar um pequeno mal-estar.

Não é incomum também começar a reparar nos móveis e vê-los com marcas de unhas. Se o bichinho passear bastante, o cimento do chão já ajuda a lixá-las. Se for para cortar, melhor procurar um veterinário. Para os cachorros que mais parecem roedores, existem sprays para passar nos móveis. Têm odor imperceptível para o homem, mas inibem os cães e evitam as mordidas na madeira.

Essas são regras básicas, porém, dá para investir na educação do seu animal de estimação. A maquiadora e fotógrafa Paola Tetti Gavazzi, 35, não quis correr o risco de adotar outro bichinho indisciplinado - como vários que teve no passado – e contratou uma adestradora quando sua Shih Tzu, a Gaby, tinha dois meses. “Não queria que ela tivesse desvios de comportamento e nenhum trauma.”

Foram 10 meses de treino e hoje Paola consegue conviver em paz com sua cadelinha, de quase dois anos, em um apartamento. Duas vezes por semana, a pet vai para uma creche. “Ela fica lá brincando, linda. É um amorzinho, nem se compara com um cachorrinho sem adestramento.”

Alimentação e saúde

A quantidade ideal de comida varia de acordo com a qualidade da ração e com o peso do animal. Basta consultar o rótulo que traz as recomendações do fabricante para definir o manejo alimentar. “É bom lembrar que nunca devemos oferecer alimento apenas uma vez ao dia”, afirma a diretora administrativa do hospital veterinário Sena Madureira (SP), Fernanda Fragata. Acostume seu cachorro ou seu gato a comer em horários determinados.

A saúde do bichinho vai além da alimentação: é preciso vacinação anual, feita por veterinário, água à vontade, cuidados de higiene, além de atividade física. É bom passear por uns dez minutos três vezes ao dia.

Fonte: http://www.portalvital.com/sua-casa/casa/ensine-o-pet-a-ser-seu-melhor-amigo

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