quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Comportamento Animal


- Esse cara é um animal!

Nossso português tem disto. Uma frase com sentido dúbio por exemplo, mas o que dizer quando o sentido que empregamos é negativo?
Bom, ao meu ver, agir como um animal é agir de maneira correta, coerente e de acordo com a natureza e seus impulsos.
As irregularidades, desequilíbrios e possíveis distúrbios que possam advir, nada mais são do que reações que nos sinalizam que algo não está bem.
Hoje recebi um telefonema de um senhor que estava visivelmente aperriado.
Com clareza, mas certo na procura da ajuda, relatou-me a sua história.
Tratava-se de um dono de um cão da raça roitweiller, criado desde filhote em sua companhia. Há cerca de alguns meses atrás, este cachorro "cismou" com o neto deste senhor, gerando um certo medo em sua esposa, avó da criança, por pensar na possibilidade de um ataque.
Ontem, ao chegar em casa não percebeu que  uma cadelinha de rua SRD - Sem Raça Definida - na surdina, se alojou por lá. Como de costume, soltou o seu cão.
Logo em seguida ouviu um imenso barulho. Saiu correndo e avistou o cão acuando a cadela. Ao tentar amenizar e salvar a pobre criatura, o cão avança e a mata.
Fico pensando, o que teria provocado isto?

Sou criadora de schnauzers e aconselhei-o a ligar para o Kennel onde poderia conseguir um auxílio especializado, pois há muitos criadores responsáveis suficientes para fornecerem informações sem custo algum, mas apenas pelo prazer de ajudar.

Por outro lado, lembro-me que quando me encontrava na última exposição e ainda estava interessada nesta raça, vieram falar-me sobre a diferença entre alguns tipos de guarda: a guarda ostensiva e a guarda defensiva.

A primeira, há o ataque para depois pergunta "quem era", a segunda, "há o aviso" para depois ocorrer o ataque. Da primeira leva, situam-se cães como os roitweillers, os mastiffs, os dogos argentinos, por exemplo; da segunda, os dogues alemães são um bom exemplo.

Não as classifico se são boas ou más, classifico-as como tipos ou características de cada raça.
Lembrem-se que o cão é o dono quem o faz. Devemos lembrar que eles têm que ser respeitados, amados, cuidados, mas também têm que ser disciplinados para saberem quem é o líder ou a líder da matilha, pois para eles somos todos iguais e iguais no sentido de sermos tambéms cães iguais a ele.

Cães desobedientes normalmente são frutos de donos que não se impõem como líderes e, neste caso, o cachorro assume como tal fazendo, de maneira muitas vezes indisciplinada, o que quer e bem entende.

Por outro lado, se impor não é gritar, não é bater, não é maltratar. O cão especificamente possui uma linguagem corporal diferente da nossa e não possui um desenvolvimento cerebral a ponto de comprender frases como " Você quer água?", mas apenas a palavra "água!" e um gesto de oferecimento por exemplo.

Independente de qualquer coisa, para podermos disciplinar de maneira correta um cão de guarda, por exemplo, é importante, se não sabemos como fazê-lo, procurar um profissional que possa adestrá-lo. Um profissional que possua referências de bons criadores, ou mesmo do Kennel, e que não utilize métodos que humilhem seu pequeno.

Lembre-se: humilhar não é bom nem para cachorros e nem tão pouco para humanos. Devemos aprender a disciplina através do respeito e do amor e quando falo de amor, não falo de cartas melosas, mas do bem tratar, do cuidado em seu sentido mais amplo.

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